O Terra Nova, ou Newfoundland, é originário do noroeste do Canadá da região que lhe dá o nome. As teorias acerca da origem deste cão são muito variadas. As mais defendidas são:
- resulta de cruzamentos entre os cães de Vikings e raças indígenas;
- é produto da cruza entre cães indígenas e o Dogue do Tibete, levado por pescadores europeus até aquela região;
- descende do Retriever do Labrador. Teoria suportada nas semelhanças físicas e proximidade das regiões de origem;
- resulta de cruzamentos entre o Mastim dos Pirinéus, levada até à região pelos pescadores bascos, e cães indígenas;
- tem influências do Cão de Água Português, que viajava nos barcos dos pescadores de bacalhau portugueses.
A sua origem remonta a 1700, quando os primeiros Terra Nova eram de variedade Landseer: branco e preto. O Terra Nova de cor preta que conhecemos hoje é provavelmente fruto de uma selecção rigorosa. Estes cães foram trazidos posteriormente para a Europa por outros pescadores de bacalhau, adquirindo uma certa popularidade.
Durante o século XIX, os habitantes da Terra Nova ficaram por lei restringidos a não ter mais do que cão. Isto levou a vendas exportações massivas para a Europa que recebeu esta raça com entusiasmo. Esta popularidade alcançou o expoente máximo, quando em 1886, a raça foi oficialmente reconhecida pelo clube Inglês do Terra Nova.
O Terra Nova é muitas vezes apelidado do São Bernardo da água, devido à sua fama de resgatar tudo o que cai à água. Mesmo as crianças que saltam para brincar na piscina são salvas contra à vontade. São inúmeros os salvamentos atribuídos a cães desta raça. Em 1919, foi atribuída uma medalha de ouro a um cão desta raça, por ter resgatado um barco salva-vidas com 20 náufragos.
O Terra Nova era também utilizado como cão de tracção, carregando leite, madeira e outros volumes.